Bem se sabe que os hábitos de consumo das pessoas já não é o mesmo desde que surgiram os canais de venda pela internet. Muitas já fazem suas compras online há um certo tempo. Esse modelo de negociação não é novidade em nosso meio. Contudo, nos últimos meses esses hábitos vem crescendo entre pessoas que ainda não os tinham.
Por falar em hábitos, estudos mostram que leva cerca de 21 dias para fixar um hábito não tão importante e cerca de 66 dias para um hábito mais difícil de ser adquirido. No entanto, em casos extremos esse mesmos hábitos podem ser mudados com grande rapidez, como é o caso da pandemia do Coronavírus.
Nos primeiros meses do ano de 2020 a população mundial foi pega de surpresa com essa situação alarmante e com o distanciamento social passaram a adquirir produtos de necessidade e alguns tipos de serviços
de uma forma bem diferente, através de meios digitais.
Compras online, pagamentos digitais foram algumas das atividades que o brasileiro que ainda não as praticava se viu obrigado a começar.
E como todo começo é difícil, esse não foi diferente. Houveram muitas notícias de pessoas com dificuldades em efetuar compras, por não saber como fazer ou até por falhas em páginas e sistemas de sites, também não conseguiam efetuar pagamentos digitais. Mas tudo que se insiste se aprende e hoje já não há mais tanta rejeição a esse meio. Não só os consumidores, mas também as empresas que ainda não operavam de modo online tiveram que adaptar rapidamente para não perder seus estoques e poder atender à necessidade de seus clientes.
Lojas físicas dispuseram números de whatsapp, criaram páginas no instagram, no facebook e começaram, meio que aos trancos e barrancos, a atender seus clientes. Algumas redes de supermercado também dispuseram canais de atendimento à distância para atender às demandas dos consumidores. Há aqueles, em cidades menores, que atendem os pedidos por telefone e entregam na casa das pessoas.
Os meios de pagamento também mudaram muito nesse período. De acordo com as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde, é melhor optar por pagamento em cartão por causa do alto risco de contaminação que as cédulas de dinheiro podem oferecer.
Todas essas mudanças afetaram drasticamente os hábitos e as formas de consumo das pessoas no mundo todo e principalmente em países como o nosso que ainda é tardio no uso das tecnologias. Os serviços bancários, antes feito quase que majoritariamente nas agências, foi substituído por serviços digitais, já que as contas estão sendo pagas por aplicativos. As pessoas só se
dirigem a uma agência para algo de emergência ou um saque no caixa eletrônico.
E por falar em caixa eletrônico, observa-se também o fluxo de pessoas nas agências em horários alternativos para evitar as aglomerações em filas.
Com o aumento das compras pela internet, os prazos de entrega também sofreram alteração, passando a demorar mais para o pedido chegar até o cliente. Mas essa mudança vem sendo bem aceita entre os compradores por não ter outra opção a não ser esperar já que não podem sair para fazer compras nas ruas. Mesmo com a grande adesão às compras online que já vem crescendo ao longo dos anos, observa-se que muitas pessoas ainda não tinham aderido a esse sistema.
Dados de uma pesquisa feita recentemente mostram que muita gente fez sua primeira compra na rede em março de 2020. Diante de toda essa mudança que vem acontecendo tão rapidamente, algumas tendências devem ser observadas.
Em períodos de crise, e especialmente este em que vivemos, as pessoas compram as marcas que elas já conhecem. Um dos motivos de isso acontecer é que pensam que o momento já é complicado e os níveis de ansiedade e estresse já estão altos demais para terem que passar nervoso testando alguma coisa nova e perceber que não funciona como os esperado. Marcas conceituadas que pegaram bem esse código dos seus clientes desenvolveram conexão e apelo emocional para demonstrar que estão junto com seus fiéis
consumidores nesse momento.
Quantas propagandas você viu nesses dias que te fizeram chorar? E não diga que não se emocionou com nenhuma porque não é verdade. Outro ponto crescente durante essa pandemia são as pesquisas DIY, o “faça você mesmo”.
Pessoas estão em casa por muito tempo e estão pesquisando mais sobre receitas, jardinagem, costura, artesanatos. Dessa maneira estão usando como uma forma de terapia, diversão e união dos moradores da casa, fazer as coisas eles mesmos.
Nesse cenários, cresceram muito as compras de materiais para fazer essas atividades em casa.
Vale destacar que estão adquirindo novas habilidades e uma habilidade adquirida não deve ser esquecida após a crise, o que mostra que as pessoas continuarão desenvolvendo essas novas atividades que aprenderam.
Com os salões de beleza fechados, a procura por tratamentos e cuidados de beleza em casa também aumentaram muito. As mulheres que moram na mesma casa começaram a cuidar dos cabelos e das unhas umas das outras e os homens que recentemente, com o crescimento dos barbeiros, tinham um lugar especial para ir fazer a barba relaxar e até tomar uma bebida com os amigos, voltaram a fazer a barba em casa, e a bebida tem que ser sem os amigos.
Até aqui observa-se como os hábitos de consumo, não apenas do brasileiro, mas do mundo todo, foram drasticamente afetados, mas ainda não para por aqui. Médicos e profissionais da saúde também tiveram suas rotinas de trabalho afetadas. Precisaram disponibilizar atendimento à distância aos pacientes não graves e não urgentes.
Quem pensaria que algum dia uma consulta ou orientação médica pudesse ser
feita por uma chamada de vídeo? Bem mas já é assim. Um fato que pode mudar totalmente o sistema de consumo daqui pra frente é que se os
consumidores já estão se acostumando a fazer suas compras através de um aparelho eletrônico e receber na sua casa, podem se sentir desconfortáveis a voltar a consumir no comércio físico.
Um outro hábito que vem sendo desenvolvido nesse momento de isolamento social é o de consumir conteúdos online, vídeos no youtube e infinitas lives no instagram estão disponíveis a todo momento. Pessoas estão cada vez mais buscando alguma especialização ou aprendizado novo porque não sabem como ficarão seus empregos quando tudo isso passar. Mais uma vez, adquirindo habilidade para novas atividades.
As frentes de trabalho também passaram por uma flexibilização. Algumas empresas já ofereciam a opção de trabalho homeoffice, mas aquelas que ainda não trabalhavam assim precisaram correr e se adaptar.
Começaram a fazer reuniões por aplicativos de chamada de vídeo e de repente se percebeu que não é necessário todo mundo em um escritório ao mesmo tempo. Empresas que atuam no marketing de rede também aderiram aos meios digitais para reuniões de oportunidade e treinamento de equipes.
É perceptível que todos os setores sofreram transformação em suas maneiras de agir e seus hábitos de consumo e de trabalho. Pessoas que sempre comiam fora ou pediam em casa tiveram seus costumes bem afetados.
Agora precisa analisar muito bem as condições de segurança e higiene dos
produtos alimentícios que recebem em casa. Os restaurantes precisaram investir pesado em embalagens muito higiênicas, isolamento dessas embalagens e o cuidado dos entregadores para manter tudo dentro do padrão de saúde e qualidade que o cliente precisa.
Nesse setor ainda, destaca-se que as pessoas estão sofrendo mais por não
poderem comer fora de casa. Sabe-se que bares e restaurantes sempre foram muito badalados em momentos de confraternização, celebração de alguma data especial ou ainda só aquele happy hour com os amigos depois do expediente, e isso definitivamente não se sabe quando poderá ser feito novamente. Mesmo diante de tanta dificuldade e necessidade de mudanças rápidas, observa-se que as pessoas estão valorizando mais aquilo que realmente importa.
Estão cuidando melhor da saúde com alimentos que aumentam a imunidade. Passaram a entender que só precisam do essencial para viver e qualquer coisa fora disso pode esperar. Nesse cenário o minimalismo entrou contudo. Pessoas se importando com pessoas, numa corrente de bem e de amor.
Já se viu que todos os hábitos foram afetados. Não se compra mais como antes, não trabalha mais como antes.
Se por um lado essa pandemia veio para assustar e causou muitas mudanças nos hábitos, por outro veio trazer o verdadeiro significado de estar junto, de cuidar do outro, de servir a quem precisa, de ter compaixão. Na verdade, esses são os únicos hábitos que jamais deveriam ser mudados ou esquecidos.
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